melhores e piores livros do ano

26 de dezembro de 2015
raposinha de ouro 2015


Todo fim de ano é a mesma coisa: aquela correria de presentes atrasados, contas nas alturas e aqueles especiais de fim de ano que todo mundo adora ou não. Aqui no blog não é diferente, e como eu pretendo fazer um review melhor de sobre meu ano dessa vez, resolvi fazer uma série de posts premiando melhores e piores coisas de 2015, além da tradicional retrospectiva do que aconteceu por aqui do meu lado. 

Estreando a série de posts de retrospectivas do ano em grande estilo, os melhores e piores livros lidos em 2015 está contando com um número de categorias menor em relação ao ano passado. No total, li 41 livros (22 a menos do que em 2014), mas admito que foi um ano com diversas surpresas! Como ontem noite de Natal e todo mundo tá doido pra cair de boca no que restou da ceia, vamos logo ao que interessa:

Teenage Dream (melhor livro YA):
Admito que não li muitos young adults esse ano, então o prêmio será para o livro solitário do gênero, mas que eu gostei muito. "Sally e o Tigre no Poço" é o terceiro livro de uma série muito fofa do Phillipe Pullman (o mesmo autor da INCRÍVEL série "As Fronteiras do Universo") chamada "Um Mistério de Sally Lockhart". Coloquei o terceiro livro pois ele é o mais sólido e maduro de todos os quatro, mas a série toda é bem legal e recomendo (MENOS O QUARTO LIVRO PELO AMOR DE DEUS!!!). 
Vencedor: Um Mistério de Sally Lockhart: Sally e o Tigre no Poço, Phillipe Pullman
Classificação: ✮ 

Não deu pra Engolir (pior livro do ano)
Li no kindle por indicação da Tati Feltrin, e sinceramente, acho que ela só falou bem do livro porque era de um amigo dela. Que livro horrível! É o típico livro que promete demais mas na verdade não diz nada. Extremamente prepotente e acha que será um marco na história da literatura, mas eu te digo amiguinho, não foi dessa vez. "Ovelha" é sobre um pastor gay que está nas últimas por causa da Aids, e poderia ser uma história muito boa se não fosse tão forçado. Uma pena, pois seria importante um livro que tratasse desse assunto principalmente no cenário atual.
A linguagem agressiva me soou ridícula, o enredo em si é mal contado (sinceramente, um livro não linear tem que tomar muito cuidado, muito mesmo!), os contos dentro da história maior são forçados, e os personagens não convencem. O personagem principal nem mesmo convence o leitor que ele é gay! Muito, muito ruim e sou uma vencedora por ter lido até o final.
Vencedor: Ovelha: Memórias de um Pastor Gay, Gustavo Magnani
Classificação: --

Ai, que susto! (melhor livro de terror)
Não é bem um livro de terror, mas é um suspense maravilhoso contado pela rainha do crime, Agatha Christie. "E Não Sobrou Nenhum" tem tudo aquilo que uma boa história de investigação e suspense precisa ter: um assassino inteligente, muitos suspeitos, uma mansão na ilha deserta, e uma pessoa morrendo por dia de acordo com uma canção infantil. MARAVILHOSO! Li em uma tarde porque não queria largar de jeito nenhum e fiquei horas pensando em como eu agiria se eu estivesse naquela situação. Hiper recomendo pra todo mundo!
Vencedor: E Não Sobrou Nenhum, Agatha Christie (você pode encontrar o livro pelo nome de "O Caso dos Dez Negrinhos")
Classificação: 

Isso parece verdade (Não ficção)
Esse é um livro que li para a faculdade mas eu acho sinceramente que mesmo quem não faz História, pode gostar. É uma obra que discute sobre o fazer histórico, seu papel na sociedade, seu objeto, seu modo de escrita... É realmente interessante, e a narrativa de Bloch é maravilhosa, nem parecendo que se trata de um livro acadêmico. Recomendo principalmente pra quem pretende cursar História.
Vencedor: Apologia da História, ou Oficio do Historiador, Marc Bloch
Classificação: 

Panela velha é que faz comida boa (melhor clássico)
Esse livro é incrível e entrou nos meus favoritos da vida facilmente. É, inclusive, uma obra que merece ser relida em diversas fases da vida. "Lolita" é algo visceral, duro, poético e assustador. É um perfeito exemplo de narrador em primeira pessoa com um protagonista bem construído e complexo, fora, é claro, a própria Dolores, talvez um dos personagens mais icônicos e importantes da literatura universal.
Aproveitando o gancho, acho importantíssimo o movimento que está tendo pelas redes sociais para pararem de romantizar Lolita, pois de história fofinha o livro não tem nada! É obsessão, pedofilia, abuso mascarado com poesias. Não se engane! (Mas o livro é incrível, leiam!)
Vencedor: Lolita, Vladimir Nabokov
Classificação

Chorei de soluçar (livro mais triste do ano)
Tenho um fraco por livros tristes por isso é normal que eu sinta dificuldade em premiar um só nessa categoria. Tenho que citar três livros que dilaceraram o meu coração e que não coloquei aqui porque irão  aparecer em outras: "Lolita" me deixou muito mal em diversos aspectos, "Para Sempre Alice" eu chorei feito uma criança e "O Apanhador no Campo de Centeio"... nem preciso comentar. 
Para não repetir nenhum deles, classifico "Cem Anos de Solidão" como o livro mais triste do ano. Em cada momento que convivi com a família Buendía, uma sensação melancólica se apossava de mim de uma tal maneira que eu nem sei explicar direito. Não são nem os acontecimentos que deixam o leitor triste, é a narrativa de Gabriel García Marquez a responsável por isso. Na verdade, o livro faz você se sentir sozinho, tão sozinho quanto a família Buendía - e por essa razão, tenha cuidado em qual momento você vai ler esse livro.  
Vencedor: Cem Anos de Solidão, Gabriel García Marquez
Classificação: 

Decepção do Ano
Falei no último post então acho que não será surpresa pra ninguém qual foi a decepção do ano: Admirável Mundo Novo. Estou tão sem vontade de falar sobre esse livro que vou deixar o link para vocês clicarem e entender os meus motivos. Prometo que vou ler de novo em algum momento do futuro, quem sabe eu mudo de opinião.
Vencedor: Admirável Mundo Novo, Adous Huxley 
Classificação: 


Soco no estômago (um livro que te surpreendeu ou te fez pensar):
Não tem como ser outro livro nessa categoria além de "Para Sempre Alice". Ele tava dando sopa no meu kindle, e o li praticamente numa tarde no aeroporto esperando o meu voo.Eu já imaginava que ele seria bom mas não sabia que iria mexer tanto comigo. Continuo pensando muito nele e por isso sempre tento aproveitar o melhor possível o presente e conservar as minhas memórias de alguma forma. 
Pra quem não sabe, "Para Sempre Alice" conta a história de uma professora universitária que é diagnosticada com a doença de Alzheimer precoce (aos cinquenta naos de idade). Acho que todo mundo deveria ler esse livro para poder repensar e ver a vida de uma forma diferente. Pelo menos funcionou para mim. 
Vencedor: Para Sempre Alice, Lisa Genova
Classificação: 

Melhor final:
Até agora quando penso nesse final eu me arrepio inteira. Nas últimas páginas de 1984, a única coisa que eu pensava era como eu agiria se aquilo estivesse acontecendo comigo. Ao contrário do início que não me atraiu tanto, as setenta páginas finais acabaram compensando tudo. O pior dessa categoria é que não posso falar sobre muito porque qualquer coisa é spoiler, mas fica ai a dica pra quem sentiu dificuldade no começo de 1984 para insistir mais um pouco antes de desistir de vez.
Vencedor: 1984, George Orwell
Classificação: 

Melhor livro do ano:
Esse livro me tocou tanto, mas tanto, que ficou empatado com o Pequeno Príncipe, e olha, isso não é pouco não. O "Apanhador no Campo de Centeio" não é um livro pra todo mundo - não digo isso porque se trata de algo difícil de ser lido, mas sim, porque a história e o protagonista podem não agradar certas pessoas. É o típico caso do: ame ou odeie, sem meio termos. 
Quais foram os motivos que me fizeram gostar? Tudo! Eu amei a narrativa cheia de sentimento e personalidade, o protagonista complexo e incompreendido, suas situações vividas em Nova York e tudo o que esse livro me fez sentir. Pensei muito sobre minha vida, sobre a minha personalidade, sobre tudo o que há em volta. Livro incrível e insuperável. 
Vencedor: O Apanhador no Campo de Centeio, J.D Salinger
Classificação: 

E de presente de Natal, fica ai o meu provável último vídeo do ano! Espero que gostem. 


Um comentário:

  1. Ai. Meu. Deus. Para Sempre Alice se tornou um dos meus livros e filmes favoritos, e a Dra. Alice Howland aumentou o meu interesse por linguística e além de me colocar um medo enorme de ter alzheimer!Hahha O coração chega a apertar só de lembrar da história!

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