A minha escola atual fica na frente da universidade federal do meu estado, a Ufes. Todos os dias, pela parte da manhã, eu frequentava a biblioteca de lá e logo depois eu almoçava - no R.U.
Se tem uma coisa que todos devem saber sobre mim, é que você não deve deixar se levar pela minha aparência magrela e fina, pois eu como, e como muito; e por isso, havia oficializado o Restaurante Universitário como meu paraíso particular, pois lá a gente come o quanto quiser por R$ 4,50, com direito a suco e sobremesa.
lista do que fazer |
Como estou passando por um período que prega "economize no que der, e o que não der, não compre", eu tinha a política de comer muito no almoço pra depois não sentir fome mais tarde, assim eu economizaria uns trocados (sempre bem-vindos). Então já viu: se o prato não vier cheio, diversificado e montanhoso, não vale a pena.
Isso me lembra um dia em especial que o cardápio era purê de
abóbora e almôndega frita. Como o usual, enchi o prato como só uma boa aprendiz
de pedreira sabe encher, e fui enfiando goela abaixo doses bem generosas de
arroz, feijão e abóbora. A partir a quarta garfada, eu percebi que estava um
dia absurdamente quente.
O calor vinha de todos os lados, e eu não sabia se me
abanava ou comia um pouco mais. O suco já havia acabado há dois garfos atrás, o purê de abóbora estava tão aguado, que se eu fosse menor, eu nadaria; e
a comida começou a descer com mais dificuldade. Quando passamos por momentos que exigem muito esforço, a mente começa a falar contigo pra te motivar a não desistir pois você ainda tem muita vida pela frente - ou garfadas.
“Engole isso”
Não – con-si-go
“Come ou senão você vai ficar com fome mais tarde”
Tou tentando!!
“Anda, engole”
Meu Deus, a comida está estranha.
Calor. Calor. Calor.
“Deixa de frescura, engole!”
Dez garfadas.
Isso não acaba nunca?
Nova garfadas.
"Está quase acabando, você consegue!"
Sete garfadas.
Jesusmariajosé!
Cinco garfadas.
Alguém abre essa janela, me dê espaço, me abane, sai da
frente!
No final, eu saí deixando as cinco garfadas no prato. A
mensagem “NÃO DESPERDICE COMIDA!”, escrito em todos os porta-guardanapos em cada mesa, ficou gravada na minha mente, agora criminosa. Dei o fora de fininho após entregar a louça, cabisbaixa de vergonha,
achando que todo mundo veria o meu crime. Acabou que eu não fiquei com fome até
às sete horas da noite e eu nunca mais exagerei
no purê de abóbora.
Não sei como dizer... belo "slice of life". Daria uma letra boa pra punk rock, que acha?
ResponderExcluirhhaha olha que boa ideia?
Excluirhahahahaha...raxei de rir do purê de abóbora e do suco ter terminado à garfadas atrás! :D
ResponderExcluirAmeeeei a ode!
Flor, amei seu blog e já estou te seguindo! :3
Se quiser, dá uma passadinha lá no meu cantinho. Voltei à ativa depois de muito tempo em pausa, mas agora estamos à todo vapor...conto contigo!
Beijooo!
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owwwn obrigada :3
ExcluirNota mental: não comer pure de abóbora hahha, adorei
ResponderExcluireunaonascinosanos80.blogspot.com.br/