Esses dias eu estava pensando sobre a minha vida blogueira e percebi que ela não é saudável. Não mesmo. Ela não me engorda, não me deixa gripada nem com dores nas costas, mas ás vezes me deixa insana. Veja bem, meu caríssimos leitores, pode até não parecer (por eu não postar com tanta frequência como outras blogueiras) mas eu levo o meu blog muito a sério. Não que eu queira ganhar dinheiro, jogar as chuteiras e viver do adsense (LONGE DISSO!!) (mas se der, ok), e sim no sentido de realmente me importar com ele, de forma que vê-lo abandonado e triste, me deixa terrivelmente MAL.
E eu não estou falando só de ficar algumas semanas, ou até meses, sem postar alguma coisa não (apesar de já ter feito isso). Várias coisas me deixam lá pra baixo. Tipo quando você está sem ideia pra postar. Ou pior, quando você tem ideia mas simplesmente não consegue ''pôr no papel". FRUS-TRAN-TE! E pra completar o trio, quando você está escrevendo mas simplesmente está achando tudo um grande cocô, daqueles bem fedorentos. Vixe, acontece direto. Dos cento e poucos posts que eu escrevi por aqui, se eu disser que fiquei ao menos 80% satisfeita com sete deles é muito. Sou muito exigente comigo pois quero escrever um blog que eu gostaria de ler. Entendem?
Qual o blogueiro que nunca teve problema com o seu template que atire a primeira pedra. Se eu fosse rica, a primeira coisa que eu faria era dar uma repaginada no blog e terceiros fariam isso por mim. Eu não suporto mexer em html, me frustra, não sei resolver as coisas, se dá B.O. fico quente de tão estressada e me dá vontade de jogar tudo pro alto. Tipo colocar comentário do facebook. Rolou por um tempo, mas ai depois desapareceu. Resolvi? Claro que não. Não foi por falta de tentar. E a humilhação só piora quando leio aqueles blogs todos arrumadinhos e fofinhos, com delicadeza de fazer um post que parece uma obra de arte (!), enquanto eu aqui, na minha fonte Verdana e com imagens que eventualmente saem disformes e invadem a coluna ali do lado ---->
SOFRÍVEL.
E então, meus amigos, eu fico mal. Já chorei de frustração por não ter conseguido escrever aquele texto que parecia ser tão legal. Já fiquei decepcionada comigo quando só escrevi um post durante o mês todo, e já fiquei me sentindo uma inútil quando eu não segui meus planos de dar atenção ao meu cantinho pra fazer alguma coisa outra qualquer. Não sei se é normal, mas sei que não deve ser saudável.
Mas então cês me perguntam: por que, Paloma, você continua, afinal?
Elementar, meu caro leitor: porque eu amo esse lugarzinho. É meu, um lugar meu, e só quem realmente quer fazer parte dele, faz parte dele. É tão gostoso ver algo incrível e ter um lugar pra compartilhar com outras pessoas que talvez achem incrível também. É maravilhoso saber que todas as roubadas da sua vida podem (e devem) se tornar histórias para que alguém possa rir junto, e saber que no futuro, aquela parte da sua vida está pronta pra ser recordada. Eu gosto de olhar pra trás e ver a minha evolução pessoal, o que eu já pensei, o que e como já escrevi, o que me interessava e como eu as deixei de lado - ou como permaneceram.
Eu mando nisso tudo! |
Não posso esquecer também que por muitas vezes foi aqui o refúgio onde eu falei muita coisa que estava entalada e que graças ao velho e bom escrever, me ajudou a voltar respirar. Se foi o lugar mais apropriado, é questionável, mas com certeza foi o local que eu me senti acolhida e de certa forma segura, por isso não me arrependo. O blog então é o meu diário, meu ouvinte, meu canal de comunicação, meu túnel do tempo, a minha tela em branco
É claro que temos que entender as nossas limitações. Não sou a escritora que eu gostaria de ser (ainda), não tenho jeito para as coisas avançadas de html, nem sempre sou a pessoa mais criativa do mundo e vai e volta eu tenho é preguiça. Tenho que compreender que ás vezes não dá. Eu provavelmente continuarei ficando frustrada, triste e mal humorada porque não consegui fazer isso ou aquilo. Porém, todo o estresse se esvai com a satisfação de pôr palavra pós palavra, ao concluir o texto e falar consigo mesma: "puxa, hoje até que eu caprichei" e sair de alma lavada, procurando esbarrar em outras histórias pra contar.
entre avisos...
* Para os leitores mais atentos (cof,cof) eu mudei completamente o blog. Mudei o nome, o banner (dã), os nomes das redes sociais, tudinho! Achei melhor padronizar, então o antigo Following the Snow (R.I.P) virou o Pequena Raposa (sendo apequenaraposa no endereço, já que sem o artigo estava indisponível). Tomei a decisão com um pouco de aperto no coração, mas achei melhor porque ele era muito difícil das pessoas decorarem e esse novo nome foi tomado com mais consciência;
* Sim, foi baseado no pequeno príncipe, lidem com isso;
* Fiz esse post para comemorar o blogday de uma forma diferente e aproveitar para falar sobre a novidade (não achei que merecia um post só para isso), ano que vem eu faço algo mais tradicional - ou não;
* Amo vocês e até a próxima.
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