Pré Conceito Literário 2.0

20 de abril de 2014
Obs: Quero pedir humildemente que ignorem o novo layout do blog. Quis mudar uma coisinha e acabou desconfigurando ele todo e agora estou sem paciência pra mudar haha então ele vai ficar assim por um tempinho. Quem me dar uma dica de algum site que disponibiliza bons templates pra blogspot GRÁTIS, ficarei felicíssima!

Olá, caros leitores!

Nick Faísca todo orgulhoso, exibindo um de seus maiores e
mais bombados (assim como ele)
best-sellers
Não sei se todos lembram de um post que eu falei sobre "Pré Conceitos Literários", que inclusive o próprio Paulo Coelho comentou sobre (nunca vou deixar de falar isso porque meu orgulho não deixa). Pois bem, hoje completa um ano que ele foi publicado e por isso resolvi propôr um desafio à mim mesma, que tinha um pré conceito muito grande em relação ao escritor Nicholas Sparks. 

O fato que eu já falava mal dele há anos, mas nunca havia lido um livro dele realmente. A base que eu tinha de conhecimento sobre suas obras sempre foram os filmes que eu já havia visto em algumas festas de pijama da minha vida. Sempre achei as histórias dos filmes demasiado piegas, e por isso julgava os livros ruins também #shameonme 

Então o desafio foi este: ler um livro do Nicholas Sparks


A minha ideia era conhecer sua escrita e como ele trabalha a história central, porque eu pensava que poderia ter duas possibilidades a serem questionadas/abordadas:
1. A gente sabe que muitos livros são massacrados quando adaptados para filmes e talvez esse teria sido o seu caso; 
2. Da mesma forma, existe um abismo eterno entre "não gostar de um livro" e "o livro ser ruim", então mesmo que eu não gostasse da obra, eu talvez reconhecesse que ele não é ruim de fato (isso é o que Schopenhauer afirma ser o "tédio subjetivo" e o "tédio objetivo" respectivamente). 

O livro escolhido foi "Diário de Uma Paixão", que inclusive, de todos os filmes que vi baseados na obra dele, tinha sido o que eu mais havia gostado* (não, isso não significa muita coisa). Fiz um empréstimo de um exemplar na biblioteca e consegui lê-lo em um dia. 

O livro fala sobre a história de um velhinho que lê um diário todos os dias para uma senhora que, supostamente, não o conhece. O diário conta sobre a paixão de um casal que haviam sido separados pelo tempo e a distância na adolescência, e após 14 anos, eles se reencontram. Noah, teve algumas paixões mas nunca conseguiu esquecer o seu amor do passado. E Allie, agora noiva de outra pessoa, resolve encontrar Noah para resolver dentro dela a história que nunca havia sido concluída.
O resultado da leitura você vê no vídeo ali de baixo.

*Os filmes que eu já vi baseados nos livros dele são: "Um Amor Pra Recordar", "Diário de Uma Paixão" e "Querido John".



Como eu não gostaria de ser atacada por nenhuma fã de Nicholas Sparks, eu peço educação nos comentários, tanto por aqui, quanto no vídeo (navegar em águas desconhecidas requer cuidado dobrado). Ah, e podem ficar à vontade para fazerem algum vídeo/post semelhante, só não esqueçam de me mostrar depois haha

eu não quero fazer medicina

17 de abril de 2014
Ou: Pelo direito de fazer Humanas

Já não é de hoje que quando alguém me pergunta sobre o curso que eu quero fazer, ao ouvir a resposta, a pessoa torce a cara. Lembro como se fosse ontem as vezes que eu dizia que gostaria de fazer História ou Letras, e o que eu recebia de volta era uma careta e a frase típica “Pra quê? Vai ser professora?”.

TAP – e eu ficava quieta no meu lugar.

Eles - "Quê que essa menina tá pensando?haha vai ser pobre haha"
Eu, nos tropeços da sociedade


A verdade verdadeira é que eu nunca fui boa em exatas. Desde a minha pré escola, quando eu me achava a criança mais inteligente do mundo por ter aprendido a ler antes de todo os meus coleguinhas, as expressões matemáticas vieram na quarta série e acabaram com tudo. Eu lembro que naquela época eu queria ser astronauta, e meus sonhos foram massacrados quando descobri que para isso, era necessário ser um Einstein.

Naqueles tempos,  eu não imaginava que eu vivia em um sistema extremamente restrito e rígido, no qual os números são exaltados e as palavras são postas em segundo plano. Talvez se eu tivesse a consciência do quanto eu levaria coices por causa da bendita Matemática, eu não teria negligenciado aquele dever de casa nunca feito na sétima série. Mas tenho fortes razões em acreditar que eu não sirvo pra descobrir o valor de X e não me interessa o ângulo oposto do triângulo circunscrito em uma circunferência de raio 3.



Hoje  eu estudo em uma sala que mais de 60% das pessoas querem fazer medicina, 30% Engenharia, e os 10% restantes, ou são de Direito ou são  os renegados das periferias estudantis dos quais só recebem uma careta e a frase típica “Pra quê? Vai ser professor?”.Já vou dizendo que não tenho nada contra em “ser professor”, e o desprezo que a maior parte das pessoas tem por essa profissão me irrita profundamente; mas não vim falar sobre isso. O que eu quero falar é: Eu quero ter o direito de fazer humanas em paz.

Quero ter o prazer de dizer que quero fazer alguma área que eu goste sem repressão porque as possibilidades de eu ser pobre ao fazer o curso sejam bem maiores do que alguém que fará medicina. Gostaria de não precisar ouvir algum estudante de Exatas dizendo o quanto Literatura, História, Filosofia ou Geografia é inútil (Meu querido, se você prestasse atenção em alguma dessas matérias ao invés de ficar dormindo, tenho certeza que você compreenderia a nossa sociedade muito mais ao invés de ficar falando baboseiras no facebook).

Isso aqui não foi um post para travar guerras entre áreas. Foi só pra dizer que construir uma ponte não te torna mais importante do que alguém que faz poemas, e tenho dito.



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