sobre a vida amorosa de rory gilmore

29 de maio de 2015
Tudo começou com esse post aqui.

Não, esse não será um post que questionar algumas atitudes que a garota Gilmore fez ao longo das sete temporadas (talvez para outro post?), e sim, falar sobre um assunto que gera muita controvérsia no mundo dos fãs da série: os namorados dela. Veja bem, pequeno gafanhoto: eu, particularmente, não encontrei nenhum par que seja 100% Rory e que eu shippava freneticamente. Todos eles possuem seus defeitinhos que me incomodavam um tanto, e então eu esperava que até o final da série chegaria um que me faria falar "É ESSE!!!11!!". Vi todos os episódios há quase um ano e esse cara não apareceu, e por isso, chegou a hora de Paloma aceitar e superar. O meu jeito de fazer isso foi criar esse post de utilidade pública com uma análise sucinta (!) de todos os namorados da Rory ao longo da série. (me julguem!)

(sim, esse post terá spoilers, então, cuidado)


Dean Forester



Antes de tudo, para começar a falar desse garoto temos que dividir em dois períodos: o primeiro, antes de Yale; e o segundo, pós Yale.

Primeiro: O primeiro amor a gente nunca esquece, e os podutores coseguiram deixar o início de namoro dos dois a coisa mais fofa desse mundo. Rory Gilmore descobrindo pela primeira vez que gostava de alguém, foi, com certeza, algo memorável. A forma como ela fica encabulada e não sabe o que dizer pro Dean como, por exemplo, responder obrigado (!) depois de ter recebido um beijo, ou responder que tem chiclete quando o Dean pergunta se ela tem um segundo pra conversar. Fo-fu-ra define! O ponto alto pra mim do relacionamento é exatamente o comecinho, quando nenhum sabia direito no que tudo isso ia dar. Foram só nesses momentos que eu realmente torci pelo casal e fiquei feliz vendo o desenrolar. Até que...

3 meses de namoro e Dean diz "eu te amo".

Nada mal até ali se não fosse o fato do cara ter feito uma baita pressão pra Rory dizer o mesmo. Really, boy? Nesse momento foi quando o Dean mostrou suas garrinhas de um garoto bem imaturo e irritadinho por qualquer motivo. Outra coisa que comecei a ficar com raiva era o fato dele não-ter-vida!!! Tudo nele girava em torno da Rory, absolutamente tudo! Fazia céus e o mundo por ela, tanto que ás vezes chegava a ser irritante. Sim, de vez em quando era uma gracinha o modo como ele se importava com ela, mas convenhamos, na maioria era exagero puro. Isso quando ele aparecia, porque na real, tinha horas que nem pareciam que os dois namoravam, de tão água com açúcar aquilo tudo era...

Não preciso nem falar daquela vez que a Rory põe uma fantasia de dona de casa perfeita pra satisfazer o Dean. Ok, todo mundo tem que agradar o parceiro de vez em quando e sei que foi uma brincadeira, mas acho que isso revelou uma personalidade bem precoce dele que iremos descobrir mais afundo nas próximas temporadas, tipo, casar aos dezenove/vinte anos... Não duvido que ele quisesse fazer o mesmo com a Rory. 




Segundo: Depois de um tempo afastados por causa do relacionamento com o Jess mais o fato do Dean ter se casado com outra depois de ter levado um pé na bunda, os dois começam a se reaproximar, já que ela está bem deslocada no início da faculdade, se achando uma merda, etc. Pois bem, chega uma hora que eles ficam de fato e acabam transando pela primeira vez (!) e depois de um tempo na obscuridade, o casal se assume de novo.

Não é preciso dizer que a volta dos dois já começou de forma muito (muito!) errada, então era claro e evidente que a coisa não iria muito pra frente. Enquanto Rory começava uma vida nova e com isso ampliou um pouco mais suas perspectivas diante da Universidade, Dean continuava mais ou menos no mesmo ponto de dois anos atrás (esse pokemon não evolui???).

Nada me tira da cabeça que o garoto não teria assumido a Rory se a sua esposa não tivesse descoberto, o que demonstra uma baita covardia (porque ele realmente gostava dela, mas tinha medo) e falta de responsabilidade. 

Essa segunda fase do relacionamento não durou muito pelo bem da humanidade, mas pelo menos serviu para finalizar a história de Rory e Dean de verdade, já que antes os dois tinham terminado de uma maneira nada legal.

Resumindo...

O que eu gosto no Dean:
- Ser atencioso com a Rory;
- Início legal de namoro;
- Esperar pacientemente até Rory estar pronta para iniciar uma vida sexual (!);
-  Se esforçar para que a família Gilmore goste dele;
- Não ter uma vida fácil.

O que eu não gosto no Dean:
- Ser imaturo;
- Ser precoce;
- Não ter ambição e uma vida pra chamar de sua;
- Viver em função de Rory de modo a esquecer de si mesmo;
- Ter um relacionamento sem graça, sem muitas emoções;
- Covarde e trai mulheres.

Saldo: 6 / 10




Jess Mariano:



Como eu disse lá no início, eu não acho nenhum dos pares românticos da Rory perfeitos, mas dentre todos, Jess é o meu preferido. Acho que ele foi o único a ter uma química real com ela, e isso vai muito além dos livros em comum, está também na troca de olhares, a intensidade do sentimento, no modo como eles dois agem um com o outro...

Sim, Jess Mariano é um idiota na maioria das vezes, mas com Rory ele mostra um lado muito diferente, mais delicado, compreensivo, amoroso... Porém, há uma diferença crucial entre Dean e Jess: apesar dele tratar de forma diferente a Rory, o jeito genioso dele continua ali: ele se estressa, ele não corre atrás dela se ela também não o faz...  Isso mostra personalidade no personagem (mesmo que nem sempre seja uma qualidade boa). 

Quando eu falo desse jeito genioso do Jess é principalmente com as pessoas no seu redor. Ele não trata bem quase ninguém, e não se esforça o mínimo pra ir ok na escola quando o Luke quase implora para ele ir... Esse jeito meio ingrato e mal educado é o que me afasta dele. Sei que o personagem tem alguns problemas, mas não acho que isso seja motivo para tratar mal os outros, principalmente alguém que está se esforçando pra caramba. 

Mas, é claro, o relacionamento dos dois é o que realmente vale. Acho que o Jess foi o único que realmente compreendia Rory, e se não tivesse acabado do jeito como acabou, tenho certeza que os dois evoluiriam juntos de uma forma muito bonita. Ele ficaria mais responsável e ela se arriscaria mais na vida (não de um jeito escroto como aconteceu com o Logan). Os dois tinham muito mais em comum também, gostavam das mesmas bandas, livros, filmes... não era um relacionamento unilateral como o primeiro, e sim algo que só tinha a acrescentar.  


Sem falar que quando ele volta rapidamente na vida de Rory, lá na penúltima (?) temporada, ele é o único que a faz perceber a burrice que ela está cometendo com a sua vida. Isso só comprova que ele foi A paixão de Rory, e dentre os três, o que a melhor compreendeu. Ainda acredito que seja uma pena que as coisas não tivessem se desenrolado nessa parte da vida dos dois, pois o Jess parecia muito mais maduro do que antes e era ela quem estava um pouco perdida. Acho que seria o momento dos dois darem certo, uma pena...

Obs: lágrimas eternas quando ele vai atrás da Rory em Yale, se declara e pede para fugir com ele e ela não aceita. Ele faz uma carinha que, oh my gosh... :(

Resumindo...

O que eu mais gosto no Jess:
- Seu conhecimento cultural;
- Seu estilo (esqueci de falar isso, mas é verdade!);
- Personalidade forte;
- Troca de olhares intensos;
- Despertar em Rory uma parte mais "adormecida"; 
- Fazer ela tomar consciência de um momento de total burrice;
- Tentar ser independente; 
- Momentos românticos mais legais e bonitos.

O que eu não gosto no Jess:
- Ser rude com a maior parte das pessoas;
- Não se esforçar;
- Não quer agrada ninguém, mesmo aqueles que tentam fazer tudo por ele;
- Ser estressado e tudo pode ser um motivo para tirá-lo dos eixos.

Saldo: 8/10


Logan Huntzberger:



Eu já vou logo avisando que a causa maior de eu estar escrevendo esse post é pelo fato de COMO ALGUÉM PODE GOSTAR DESSE CARA? Me expliquem por favor!! Eu não suporto o Logan, eu não via a hora dos dois terminarem, e se por acaso a Rory tivesse aceito se casar com ele ou, no mínimo, ter continuado o namoro, juro pra vocês que eu jogaria um sapato na minha TV. 

Um garoto mimado que não precisa fazer o mínimo de esforço pra ter nada na vida e usa isso para humilhar as pessoas e brincar com todas elas. Típico garoto que fica entendiado fácil e por isso vive a vida inconsequentemente só porque pode, tem um monte de mulheres a seu dispor e também as usa quando bem entende. Ah, mas ele muda depois. Ele só fica menos pior, mas ainda tem aquele jeito debochado e mimado (terminar o namoro porque a menina não quer se casar com ele no momento? Sério???), além de ser extremamente irritante. NÃO DÁ!

Mas talvez o meu maior problema com o Logan seja o fato que ele desperta os piores lados da Rory. Ele se acha tanto, mas tanto, que toda essa "segurança" passa para Rory que começa achar que ela pode fazer tudo, tipo, rouba um iate. Quando o pai dele a humilha e ela acaba desistindo da faculdade, o cara não pega nela e fala: caralho, acorda, você está fazendo uma besteira. Não, ele deixa. Aaahhhh, mas isso é coisa dela... Sim, é claro, mas se ele realmente gostasse da Rory, ele ao menos tentaria ter uma conversa séria com ela sobre isso, além de incentivar ela voltar a falar com a Lorelai. É com o Logan que a Rory foge dos problemas dela ao invés de enfrentá-los. Me desculpe, mas eu não engulo isso não. 

E tem o jeito dele também. Meu deus, não suporto quando ele dá aquele sorriso meia boca e diz "Ace". NÃÃÃAA~~~~~~AAAAOOOO~~~!!!1! O olhar dele de "sou muito bom, eu sei" me dá nos nervos. E sempre quando ele tem que lidar com uma situação difícil, ele acaba bêbado e reclamando da vida. Por favor, amigo, pare que tá feio. Ahhhhhh, mas ele apóia a Rory na carreira dela. Sim, tanto que fica puto porque ela escreveu uma matéria que criticava o modo de vida dele, fazendo com que ela nem publicasse. Se importa tanto que ficou putinho porque ela decidiu não casar com ele naquela hora porque ela queria alavancar a carreira dela antes. Muito apoio, realmente...

Ok, ele falava algumas coisas bonitas e foi com ele que Rory realmente teve um relacionamento, vamos dizer assim, mais adulto: Convivência, morar junto, problemas, etc. Ele também faz uns momentos bem românticos, mas acho a maioria muito (muito!!) forçado.

Resumindo...

O que eu gosto no Logan:
- ele dá um colar (?) pro Luke que esqueceu de comprar um presente para a Lorelai.

O que eu não gosto no Logan:
- todo o resto. 

Saldo: 2/ 10. 



No fim, o par perfeito para Rory ainda não chegou, o que me resta é esperar que esse maldito filme prometido já há uns duzentos anos e que nele apareça um cara legal. Ou, pelo menos, ela volte a reencontrar o Jess nessa fase mais madura da vida de ambos, e os dois acabem juntos. 

É, acho que esse seria a melhor opção... 

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Vai ter Cinderela, sim!

25 de maio de 2015

Estava eu navegando pelas inutilidades da minha timeline do facebook, quando, de repente, avistei um anúncio da Companhia das Letras referente ao lançamento do livro "Malala, a menina que queria ir para escola". Acaompanhando em alto e bom som, vinha uma matéria no Estadão de Rita Lisauska que tem o infeliz título de: "Esqueça a Cinderela! Nossos filhos precisam mesmo conhecer malala". Com um início nada simpático, Rita afirmou categoricamente que AO CONTRÁRIO  da Cinderela, Malala não ficou de braços cruzados e deixou que um príncipe a salvasse, e por isso, esqueçam essa história bobinha e vamos dar aos nossos filhos algo mais sério e exemplar. 

Ódio define. 

Não estou aqui para contestar absolutamente nada sobre a (incrível!) biografia infantil da garota paquistanesa e muito menos para comparar o grau de importância entre as duas histórias. O que estou querendo falar é: por que é preciso rejeitar uma para exaltar outra?




Eu cresci vendo Disney praticamente todos os dias. O primeiro filme que eu vi foi A Bela e a Fera. Eu imitava as princesas (e ás vezes, as vilãs) sempre quando estava sozinha no meu quarto, e sonhava em ser uma delas quando crescer. Não acho que isso tenha me feito uma garota mais "fraca" ou mais acomodada, e muito menos esperei que um príncipe viesse me resgatar. Muito pelo contrário, essas referências só me fizeram querer ser uma pessoa melhor, ser gentil independente das situações que me cercam, tentar enxergar o lado bom das coisas e ver que mesmo estando em um momento ruim, com esforço e com ajuda de verdadeiros amigos (sim, querido gafanhoto, não somos nada sem ninguém!) tudo pode ser superado.

O fato é que nesse mundo com tanta pressa, ambição, muito choro e poucos sorrisos, os contos de fadas parecem perder espaço. Já esqueci  quantas vezes li por ai que "filho meu não vai acreditar em papai noel, ele tem que conhecer a realidade desde cedo!". E então me pergunto o que traz de mal à uma criança acreditar que um velhinho lá do Pólo Norte desce na sua chaminé e te traz presentes? Pois pra mim, ouvir essas histórias é uma bela maneira de trazer mais cor, esperança e imaginação.

Então quer dizer que a história de Malala não precisa ser lida? É CLARO QUE PRECISA! Malala é uma garota incrível que lutou para mudar a realidade que vivia e apesar das dificuldades, não se abateu. Mas uma história não anula a outra, há espaço para todas no coração de uma criança (verdade!!!). E se você quer negar seus filhos o direito de conhecê-las por achar que não se adequam mais aos nossos tempos, cuidado: você pode estar se tornando tão ruim quanto a Madrasta Má.

meça suas atitudes, parça


Outros links sobre o assunto:
  Melissa Grey fez uns comentários no twitter maravilhosos sobre a Cinderela lá no twitter. Nesse post do tumblr tem os prints de todos eles.
 ♥ Verônica Valadares fez um vídeo que desmistifica a Cinderela e faz qualquer um perceber que NÃO, ela não estava esperando um príncipe. 


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Diário de Bailarina #1

9 de maio de 2015
Querido diário,

Hoje finalmente voltei a fazer ballet clássico. A verdade é que eu estava com vontade de voltar faz uns dois anos, mas o destino não contribui para que isso acontecesse tão cedo. E eu ficava então só esperando... contando os dias para conseguir... sonhando que eu não fosse velha demais e que a minha falta e flexibilidade fosse um empecilho pequeno...

Não me lembro a idade que eu deixei de fazer ballet, mas como eu sou uma pessoa prática, sempre falo que foi nos meus seis anos (tudo na minha infância eu falo que foi com seis anos). Veja bem, eu nunca fui uma criança cheia de amiguinhas, então quando a minha única resolveu sair pra fazer algum tipo de dança contemporânea, eu fui junto. E assim larguei de forma que só alguém com seis anos ou quase isso consegue largar. Afinal, amiguinhas valem mais que sapatilhas. 

Mas ai passaram-se dez anos e a vontade louca de voltar a fazer um plié começou a subir. E foi subindo. E subindo... e PA. Me dominou inteirinha. Nunca deixei de achar ballet bonito, mas dessa vez era vontade de verdade. Eu me via com os bracinhos bem comportados, os joelhos esticados, a coluna reta, e as pontas dos pés, tudo isso com um coque e meia calça clara.  E você não sabe a frustração que me dava não poder fazer naquele exato momento! (Isso porque lá na minha cidade não tinha curso de ballet para adultos e no ano seguinte foi o pré vestibular). Prometi que desse ano não passaria. 

Tudo começou quando eu estava estudando na biblioteca Mário de Andrade, virei para o lado da janela e vi uma faixa escrito: MEGA DANÇA: DANÇAS SENSUAIS - FORRÓ - SAMBA DE GAFIEIRA - JAZZ - HIP HOP - BALLET... BALLET.... BALLET... BALLET...BAL

*olhos brilham*

Como assim uma escola de dança há menos de dez minutos da minha casa? Assim que terminei fui correndo pra lá porque sou dessas que se deixar pra depois acaba esquecendo. A recepcionista, super simpática, me passou todos os detalhes - o horário se encaixou perfeitamente na minha "agenda"!! - e pediu para que eu fosse numa aula experimental no dia seguinte. Fechado.

Ai, você sabe né? Depois a gente acaba analisando bem e vemos que as coisas são um pouco mais difíceis do que parece. Apesar de ser uma turma de iniciante, todo mundo estava adiantado há mais ou menos dois meses. Lógico que fiquei pensando no que a minha ínfima flexibilidade iria me fazer passar #PartiuPassarVergonha. Eu não tinha roupa pra fazer ballet ou qualquer exercício físico. Fora que, a sensação de me sentir a estranha no ninho cercada por gente que sabe mais do que você... No good feeling


Mas eu fui... E foi maravilhoso!

Para minha sorte, a aula foi entre feriados e por isso só foram duas pessoas o que me relaxou um pouquinho mais. A professora foi super atenciosa e simpática, mas sempre rígida e não pegando leve comigo só porque eu estava lá para "experimentar". Errei bastante e fiquei bem dolorida, mas isso não me desanimou nem um pouco; na verdade, no final, eu estava louca para a próxima aula.

E hoje, devidamente matriculada, foi o meu primeiro dia de aula oficial. Acordei tão alegre que pela primeira vez me senti bonita em 1 milhão de anos logo quando eu acordo. Todo mundo estava presente, eu de novo com uma roupa improvisada&emprestada ($$$) e errando muito, MUITO, MUITO MESMO! Oxi! Eu não lembrava que o ballet era tão rígido e que exigia tanto dos dançarinos. Muita coisa para lembrar e fazer ao mesmo tempo, e não é atoa que os bailarinos têm fama de serem loucos por perfeição. Quando eu gravava um movimento já mudava para outro, quando eu fazia o pé certo eu errava os braços, quando eu ajeitava o meu tórax eu errava o tempo da canção... E a professora corrigia e continuava:

ombros para trás!
alonga esse pescoço!
Segura a barriga!
cotovelos para cima!
braços para fora!
pernas retas!
Alto, mais alto, mais alto!
levantar!
plié!
ponta dos pés!
Estique o joelho!
Não role!
bunda pra dentro!
inverso!
relevé!
polegares para dentro!
energia!
olha esse quadril!
doblié!
respirar
e SORRIA!


Eu já estava ficando desesperada com tanta coisa na minha cabeça que quando parei pra olhar, todo mundo errava em alguma coisa também: uma garota não fazia pontas nos pés, outra esquecia de esticar os joelhos, o outro fazia fora do tempo. A professora corrigia outros nomes além do meu, e isso me sentir um pouquinho melhor, pois não era unica com dificuldades. É, eu tenho essas inseguranças...

Depois desse belo treino e com essas pernas que deus me deu tremendo, saí com uma felicidade de explodir. Acho que não me sinto assim desde que cheguei aqui. Talvez a endorfina ajudou ou talvez seja só a consciência de estar fazendo algo que você quer muito. Espero sinceramente que isso não passe nunca!

Até mais!

(Quero continuar escrevendo esse "diário" para acompanhar a minha evolução
na dança. Algo de satisfação pessoal que resolvi compartilhar :P)


a volta dos últimos filmes vistos...

4 de maio de 2015
Houve uma época em que esse blog comentava sobre os filmes que a autora via... e ela voltou heheh. 

Estou desde agosto do ano passado sem atualizar nadinha, então acabei acumulando vários, mesmo tendo esquecido da maior parte deles. Nesse meio tempo, aproveitei para finalmente ver alguns filmes que qualquer pessoa na face da Terra viu, como "Monstros, S.A"; alguns filmes dos indicados ao Óscar do qual eu tinha a intenção de fazer um post com as minhas apostas, PORÉM, não consegui ver todos a tempo então acabei deixando pra lá (e veja bem, não vi todos até hoje hahaha). Por causa do tempo, não me lembro muito bem de alguns filmes que estão aqui em baixo, então não liguem se a resenha for muito rasa, ok? Prometo que não vou deixar passar tanto tempo para a próxima vez.

1. A ORFÃ (2009)
Jaume Collet-Serra
EUA
Suspense/Terror

Sobre o que é: após uma mãe perder uma filha ainda em sua barriga, ela acaba adquirindo depressão e problemas com bebidas alcoolicas. Para tentar acabar com o sofrimento da perda, a sua terapeuta indica que ela e seu marido adotem uma criança. Acaba que eles adotam Esther, uma garota de nove anos que aparentemente é muito educada e inteligente. Mas, com o tempo, coisas estranhas começam a acontecer...

Veredicto: É engraçado eu falar sobre esse filme porque ele caiu no eu colo do nada. Depois de eu ter tido uma sessão muito lucrativa om "Legalmente Loira" e "Meninas Malvadas" (tava matando a saudade hehe), a Laura (minha companheira de quarto) pediu pra gente ver "A Orfã". O meu instinto falou pra eu recusar logo, porque sempre que eu vejo filmes de terror eu tenho que estar psicologicamente preparada, mas ai ela me convenceu e no final isso foi bom, porque o filme é bem legal. 

Meu deus, a  Isabelle Fuhrman ficou perfeita para o papel de Esther. Ela é com certeza a melhor coisa do filme. A Katherine, mãe adotiva de Esther, também é muito boa. Eu gostei da história e fiquei surpresa com o tanto de critica negativa do filme. Achei a revelação final bem legal também, não esperava... É claro que depois eu tive que dormir de luz acesa (!) porque fiquei com um medinho básico, mas isso já é de praxe...

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥


Um resumo barato:

2. ANTES DA MEIA NOITE (2013)
Richard Linklater 
EUA
Romance

Um resumo barato: a finalização da trilogia iniciada por "Antes do Amanhecer" e "Antes do pôr-do-sol", o filme continua a história do casal Jesse e Celine nove anos depois do segundo filme. Jesse se despede de seu filho que volta para o Estados Unidos com a sua ex-mulher, enquanto Celine deseja trabalhar para o governo. 

Veredicto: Eu sou suspeita para falar sobre essa trilogia que eu amo de paixão. Sempre que me pego pensando nos filmes eu nunca consigo decidir qual deles é o meu preferido, e sinceramente, não me importo nem um pouco. Isso porque a trilogia representa muito bem as várias fases que a gente passa na vida (me senti velha agora), e como a linha de tempo entre os filmes é exatamente a mesma da realidade, a gente sente com mais intensidade. Aliás, realidade é uma coisa que os filmes passam muito bem. Todos os três possuem diálogos maravilhosos e cenas lindas, mas nem por isso deixam de sair da zona da vida de carne e osso. 

Indo para esse filme específico, eu diria que foi o final perfeito, não tiraria nada e nem acrescentaria um dedo. Essa ideia toda de colocarem (spoiler) eles já casados, com duas filhas lindas, e o impasse do filho mais velho de Jesse estar longe junto com a carreira que está alavancando da Celine, muito bacana. A fotografia é linda demais, só me fez querer mudar pra Grécia A-GO-RA. 

Acho que uma das coisas mais tocantes do filme é o fato deles já estarem lá, com a vida "formada" mas mesmo assim com tanta coisa pra decidir, viver, sentir. Eu não tenho vergonha de admitir que fico toda sensível quando a Celina pergunta pro Jesse: "se você me vise no trem hoje, você viria falar comigo?", pois entendendo perfeitamente que mesmo com o passar do tempo as nossas inseguranças não se vão. É maravilhoso ter um filme com personagens tão cheios de humanidade, e um romance que me faz realmente acreditar que o amor é possível, mesmo tendo algumas imperfeições (que acreditem, não é de todo ruim).




Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


3. O ILUMINADO (1980)
Stanley Kubrick
EUA
Terror Psicológico


Um resumo barato: Jack se candidata para ser o zelador de um hotel que fica fechado durante os meses de inverno. Ele não nada teme quando o proprietário revela que o lugar já foi cenário de um horrível assassinato que aconteceu com o ultimo zelador - acabou matando a sua família inteira -, e mesmo assim se muda com sua esposa e filho, com a meta de escrever o seu livro nesse tempo de isolamento. Enquanto isso, Danny, filho de Jack, um iluminado, percebe que esse hotel tem algo de muito estranho.

Veredicto: Eu falava a boca e as avessas que não gosto de filme de terror porque odeio sentir medo, mas eu nunca vi um filme do gênero que não virasse o meu preferido na hora, e foi com esse filme que eu parei com essa bobeira de negar que terror é bom pra caramba. Eu sou bem borrona mesmo, senti medo desse filme por uma semana (mentira, foi por mais tempo), mas eu simplesmente AMEI AMEI AMEI o filme, e cada vez que eu vejo fica melhor.


A obra mesmo é classificada como "terror psicológico" e acho que é em isso aí mesmo, demora muito para acontecer o clímax da historia, mas o jeito como é levado o enredo faz a gente ficar tenso o tempo todo. É demais (spoiler) acompanhar o Jack ficando maluco, e a cena das gêmeas são sensacionais. Eu já tinha uma curiosidade imensa pelo livro e agora só dobrou (eu sei que é bem diferente, o próprio Stephen King odiou a adaptação...). Como fã de carteirinha de cinema que sou, não poderia deixar de elogiar a fotografia MA-RA-VI-LIN-DA, e a trilha sonora que sempre aparecia no momento certo e causava aquela vontade de me cobrir com o cobertor (amor eterno pelo início).

Esse filme é recomendado não só pra quem gosta de filme de terror, mas sim pra qualquer amante do cinema. Obra obrigatória! Já vou avisando que tem algumas cenas não fazem muito sentido.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥



4. A ORIGEM DOS GUARDIÕES (2012)

Peter Ramsey
EUA
Infantil/Animação


Sobre o que é: Está a solta o terrível Breu, que pretende tornar todos os sonhos das crianças em terríveis pesadelos. Os Guardiões - Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente e Sandman -, tentam impedir que isso acontece, mas para isso, eles terão que contar com a ajuda de uma nova pessoa: Jack Frost, um garoto invisível que controla o inverno.



Veredicto: Gosto muito da ideia de pegar personagens tão presentes no nosso imaginário e colocá-los em outras situações, dá um q de: ó, meu deus, papai noel faz outras coisas além de dar presentes um dia por ano!! hehehe Além de estimular muito a criatividade da criança, tenho certeza que depois de assistir o filme, brincar na neve não vai ser a mesma coisa. Digo isso porque é cada vez mais raro ver crianças acreditando em papai noel, Jack Frost ou seja o que for hoje em dia, e vejo ainda menos adultos estimulando seja o que for. Aí vem o papel importantíssimo desse tipo de filme, porque não deixa que a ~magia~e o miticismo dessas figuras morrerem, entendem?



A animação é muito boa, e cada um dos guardiões tem uma personalidade diferente e cativante. É claro que quem foi feito para domar o coração de todo mundo é o Jack Frost, já que o fato dele ser invisível e toda dor que ele sente por isso, faz amolecer o nosso coração. 


Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


5. AMORES BRUTOS (2000)
Alejandro González Iñárritu
México
Drama

Um resumo barato: um adolescente coloca seu cachorro para lutar contra outros cachorros. Uma modelo que acaba de começar um relacionamento oficialmente, já que ele abandonou a esposa e filhos. Um catador de lixo e assassino de aluguel. Um acidente de carro. O que tudo isso tem em comum?

Veredicto: Eu gosto demais de filmes que trazem histórias de personagens independentes e depois as histórias se entrelaçam. Afinal, é assim a vida, né? As pessoas se cruzam e depois seguem suas vidas. Os núcleos são bastante complexos, todos tem certa profundidade. A história que menos me tocou talvez tenha sido do garoto e o cão, enquanto a que me prendeu foi do assassino de aluguel. A história da modelo ficou no meio, eu super me compadeci com o que aconteceu com ela, mas o cachorrinho eu achei que ficou meio forçado pra manter a relação com o título e com as outras duas histórias. Mix de feelings

É aquela coisa: Amores Brutos é uma porrada de várias realidades na cara, a gente sai até meio zonzo no final e ao mesmo tempo adorando que tudo isso aconteceu. Gostei bastante.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥



6. MUITO ALÉM DO PESO (?)
Estela Renner 
Brasil
Documentário

Um resumo barato: a verdade sobre os limentos industrializados, a propaganda voltada para o público infantil, e como tudo isso afeta na vida das crianças.

 Veredicto: Fiquei em dúvida se colocaria aqui ou não, mas achei válido porque é um documentário que todo mundo devia ver para a vida. A gente começa a pensar seriamente nas coisas que a gente come, no dever de ser pai, de como a publicidade acaba influenciando a gente e principalmente as crianças. Necessário pra qualquer pessoa que deseja viver bem. Fora que é um super incentivo pra quem quer ter uma vida saudável - eu, pelo menos, estou começando.

Tem algumas coisas chocantes no filme. Crianças que não sabem nem o que é uma capivara, um mamão, uma couve, mas que conhecem o logo da vivo e o tigre do sucrilhos. Crianças que não comeriam pêssego, mas que tomam seu suco em caixinhas. É, a coisa tá feia, pessoal.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

7. ONDE VIVEM OS MONSTROS (2009)

Spike Jonze 
EUA
Drama

Um resumo barato: Quando Max briga com sua mãe e foge de casa, acaba indo para uma ilha onde encontra monstros que tornam ele o seu rei.

Veredicto: O lance de ver filmes desse porte com muita gente é que acabamos não sentindo tudo aquilo que a história quer mostrar. Mas mesmo assim, o filme me tocou em alguma coisa. Eu sou hiper-mega-power sensível pra qualquer história que envolva infância-aprendizado-crescimento, e com Onde Vivem os Monstros não foi diferente, mesmo eu não tendo aproveitado tanto quanto eu poderia. Eu gostei da caracterização dos monstros, ficaram bem parecidas com a do livro (ainda não li, mas vi as ilustrações pela internet) e o ator quem fez o Max ficou muito bem no papel. A fotografia é linda, o isolamento é muito bem exposto e isso traz uma sensação de distanciamento da realidade, uma sensação de intimo mesmo, sabe? Não prestei muita atenção na trilha sonora, eu confesso. 

A história é linda, sensível e cheia de metáforas. É aquele tipo famoso de "obras mascaradas de infantis mas que na verdade são para adultos", porque acho difícil uma criança compreender realmente o que se passa ali. Quero muito ler o livro e rever o filme depois, talvez eu faça até um post separado mais pra frente.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


8. VALENTE (2012)

Brenda ChapmanMark Andrews
EUA
Infantil/Animação

Um resumo barato: Merida é uma princesa que não se comporta como tal, pelo menos de acordo com a sua mãe. As duas nunca se entendem, mas tudo piora quando sua mãe decide dar a mão da filha a algum dos príncipes de reinos amigos. Para lutar por sua própria mão, Merida aproveita sua habilidade em arco e flecha para ganhar a competição e não casar com ninguém. É claro que a rainha não vai gostar nadinha...

Veredicto: Então, eu acompanhei toda a trajetória de Valente pra sair (graças a Marina, aquela linda) mas na hora que o filme saiu eu só demorei 3 anos pra ver usahaush Eu gostei demais da ideia de se fazer uma animação de uma princesa na Escócia (<3 <3 <3) e toda a ambientação foi muito bem feita. Aliás, a animação é muito boa, e os cabelos da Merida... Sem comentários. 

Porém, hã, eu achei que eu gostaria mais. Eu não se exatamente o porquê, mas não rolou aquela empatia, sabe? E isso é muito estranho porque princesas escocesas teimosas, independentes e ruivas, deveriam conquistar meu coração fácil, fácil. Não gostei muito da história em si, também. Achei bem água com açúcar, não rolou muitos feelings e ainda não sei exatamente o motivo (vocês têm disso?). É, talvez simplesmente não tenha rolado. Que pena, amo adorar as coisas...

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

9. MONSTROS S.A (2001)
Pete DocterLee UnkrichDavid Silverman
EUA
Infantil/Animação


Um resumo barato: Existe um mundo paralelo ao nosso no qual os monstros assustam crianças para obter energia. Mike e Sullivan são empregados na Monstros S.A, a empresa que fornece toda essa energia obtida para a Monstrópolis. Em um certo dia, Sullivan vai assustar uma criança e... ta dã: ela entra no mundo dos monstros - o que é um perigo, pois todos os habitantes dali são "alérgicos" ao contato de crianças humanas...

Veredicto: tem horas que eu preciso bater palmas para a criatividade dos produtores da Pixar/Walt Disney Studios, e nesse filme foi uma delas. Monstros que precisam assustar crianças - perigosíssimas - para obter energia? Nada mais, nada menos, que genial! Os personagens são cativantes demais, e eu fiquei com muita dó por eu não ter visto quando eu era pequena (por mais que eu goste de animações, nada se compara com aquelas que a gente vê na infância, né?). A relação das portas com vários "mundos" é algo muito divertido, e mostrar os monstros como seres inofensivos foi uma sacada ótima: aposto que muitas crianças mudaram suas visão sobre dormir sozinha no escuro hehehe. Ah!, e eu PRECISO falar da abertura, que é simplesmente uma das melhores da Pixar! O desenho e os jogos de cena são muuuuuito bacanas! 

Também vale ressaltar que o filme é  divertido e emocionante também. A relação entre Sullivan e Boo é construída de uma maneira devagar, sem pressa, o que é muito importante porque dá tempo das pessoas se afeiçoarem junto. A gente quer que os dois consigam chegar até o quarto de Boo, mas ao mesmo tempo, não queremos, porque se isso acontecer eles irão se separar. Adoro esses tipos de conflitos emocionais! E se você viveu numa bolha assim como eu, e ainda não viu "Monster, Inc.", dá uma chance, vai?

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

10. O GRANDE HOTEL BUDAPESTE (2014)
Wes Anderson
EUA
Comédia

Um resumo barato: O gerente do famoso Grande Hotel Budapeste, Gustave, recebe de herança de uma velhinha milionária, um quadro caríssimo. A família dela não gosta de nada disso, e acabam impedindo que ele leve a pintura. Com isso, Gustave e Zero, o mensageiro iniciante do hotel, roubam o quadro e assim (voz do narrador da sessão da tarde) acabam em grandes confusões!

Veredicto: Depois de Boyhood, esse foi o filme que eu mais gostei dos indicados ao Óscar. Achei ele leve, descontraído, com uma produção incrível, atuações muito boas. E o que é essa trilha sonora, minha gente?  A mistura de instrumentos orientais e ocidentais é sensacional, dá um toque único. A fotografia é outra coisa que faz questão de encher os nossos olhos. Dá pra ver que cada objeto dali é milimetricamente pensado, tudo para dar uma composição simétrica e de cores perfeitas. O figurino casa perfeitamente com o estilo do filme e fazendo parte da fotografia: todos os personagens poderiam, sem grandes problemas, fazer parte de um quadro. Em questão de produção, nada pra pôr defeito, nada mesmo.



As atuações, novamente, são muito boas. Não tem ninguém se contorcendo e nem pirando a cabeça, mas elas casam umas com as outras, sabe? Combina com a proposta do filme, esse humor meio peculiar, uma coisa que eu arrisco dizer, meio lúdica. Ralph Fiennes mereceu a indicação de de melhor ator, ele ficou perfeito para o personagem. O roteiro é bem original, traz um humor que mistura comédia e melancolia ao mesmo tempo, e o modo como é abordado a Segunda Guerra Mundial é bem diferente. No mais, acho que o filme tem grande potencial pra virar um clássico, sabe? Aposto muito na história. 

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

11. A TEORIA DE TUDO (2014)
James Marsh
EUA
Romance

Um resumo barato: Biografia do físico Stephen Hawking, focando no seu casamento com sua primeira esposa, Jane Wilde.

Veredicto: Eu esperava muito mais. Achei a história bem água com açúcar, nada muito ousado, nada muito nada. É óbvio que se trata de uma biografia forçosamente corretinha, sempre não saindo das estribeiras pra não queimar ninguém, e isso faz com que o filme fique falso, sabe? Não gostei muito.

É claro que se salva certas coisas: as atuações dos filmes estão impecáveis, acho que é o que realmente leva o filme até o final. Eddie Redmayne ficou incrível, a estatueta foi mais que merecida, a caracterização dele ficou perfeitamente Hawking em todos os estágios da doença. Mas quem me surpreendeu foi a Felicity Jones, porque dele eu já esperava uma atuação brilhante, e eu percebi que em muitas cenas, quem se destaca de verdade é ela. Não é atoa que a única cena que eu me emocionei, foi quando ela mesma estava com lágrimas nos olhos. Ah!, a fotografia também é muito linda e o clima inglês do filme é muito gostoso.  

No fim, ele não é de todo ruim, mas se eles tivessem ousado mais, teria saído um resultado muito melhor, porque material eles tinham (uma biografia do Stephen Hawking!), mas não souberam aproveitar.

Amorômetro♥♥♥♥♥♥


12. BOYHOOD (2014)
Richard Linklater
EUA
Drama

Um resumo barato: Conta a vida de um garoto e das pessoas ao seu redor por doze anos. Não tem muito a acrescentar.

Veredicto: Esse é um dos filmes que, como a minha xará disse, deve-se analisar a proposta e não a história. Se uma pessoa só ficou concentrada no que os personagens faziam, provavelmente achou um porre ficar três horas no sofá olhando pra tv. Mas o fato é que Boyhood é especial porque conta a vida de todos nós. 

O fato do diretor ter filmado a vida de um garoto por doze anos é o grande boom do filme. E se uma pessoa achar que é só por isso que ele foi indicado ao Óscar, já tá indo pro lado errado. O que nós vemos ai são rostos mudados, vidas que seguem, tempo que voa. As vezes voa tão rápido que eu não percebia que o personagem já havia crescido, e tinha horas que eu olhava e me surpreendia com a barba no garoto. Nesses momentos eu encarei  Paloma criança, e vi que, caramba, isso aconteceu comigo também. Aconteceu com a minha mãe. Meus pais não foram sempre meus pais. Parece bobo dizer isso, mas são coisas que gente nunca para pra pensar.

E talvez o que mais dói, é que observamos o tempo passar e como ele voa rápido e chegamos no final de tudo pra dizer: "é só isso?". sim, só isso. Ficamos pedindo o sentido da vida, afinal. 








Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥



13. BIRDMAN (2014)

Alejandro González Iñárritu
EUA
Drama

Um resumo barato: Um ator esquecido por Hollywood vive ainda preso na sombra de seu papel mais conhecido: o super herói Birdman. Para mostrar que é um "ator sério", Riggan Thomson resolve adaptar um romance consagrado para a Broadway.

Veredicto: Eu gostei pra caramba de Birdman, acho que o fato de eu ter muito contato com o mundo do teatro fez eu me identificar com filme. A ideia de ter tudo sido filmado em sequência é a grande chave, porque faz com que a gente se sinta dentro da trama como observador (eu pelo menos senti isso!). A critica que o filme traz sobre as superproduções de hoje em dia acabou caindo como uma luva, porque eu mesma já estou de saco cheio (juro que não é ataque de hipsterismo, cultizismo, ou sei lá o quê - é saco cheio mesmo!). Acho que Hollywood não sabe quando parar, entendem? Parece que fazem questão de saturar o assunto até a sua ultima gota. 

Sobre as atuações: amor, amor. Michael Keaton e Emma Stone estão ótimos, mas me desculpem, quem rouba a cena ali é o Edward Norton. Em todas as partes que ele entra o clima do filme muda, fica mais divertido. Ele é um daqueles personagens que dá uns toques reais na galera e por isso ninguém gosta muito dele (o fato dele ser ligeiramente escroto também contribui hehe), mas mesmo assim a gente compreende.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


14. LOLITA (1962)
Stanley Kubrick
EUA
Drama

Um resumo barato: um professor de literatura se apaixona por Lolita, um adolescente extremamente atraente. Ele se casa com sua mãe para ficar próximo dela, até que os dois passam a ter um caso.

Veredicto: O filme é muito bem humorado, dei algumas risadas. A fotografia é boa e o preto e branco deu um tom glamoroso que combinou bastante com a história. Achei os atores bem caracterizados, Sue Lyon pra mim será sempre Lolita, mas quem rouba a cena de verdade é o Peter Sellers - fazendo o """"vilão"""(?) da trama. O fato de Kubrick ter feito algo bem implícito, abrindo espaço para você imaginar o que acontece nessa relação realmente, é o que chama mais atenção, e o diretor faz isso com maestria.

Porém, mesmo com todos esses pontos positivos, foi um filme que não rolou pra mim. Não deu. Não gostei muito. Achei um trabalho muito diferente daqueles que eu já tinha visto do diretor, e talvez isso tenha me influenciado a ficar decepcionada (talvez revendo mais tarde, o filme me cative mais.) Mas, de mesmo modo, acho que todo mundo deveria vê-lo, afinal, Lolita é um ícone.

P.S: Sou hiper curiosa pelo livro! quem já leu e viu o filme sabe me dizer se são parecidos? Já agradeço.

Amorômetro♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

15. GAROTA EXEMPLAR (2014)
David Fincher
EUA
Suspense

Um resumo barato: Nick Dunne está tendo um péssimo momento no seu casamento, até que ele chega em casa e não encontra a esposa. Após alguns dias desaparecida, ele acaba se tornando o principal suspeito de tê-la matado.

Veredicto: Eu gostei bastante do filme. Temos três linhas "narrativas"(posso chamar de narrativa isso, gente? Acho que não. Mas vocês entenderam...): a primeira, o momento presente, contando sobre o desaparecimento da esposa; a segunda, são as lembranças do diário dela; e a terceira, é segredo hehe. Todas as cenas são muito bem colocadas para a gente achar uma coisa no início e descobrir algo completamente diferente lá pro meio, no qual a história começa a tomar um rumo muito diferente das histórias comuns. O final é imprevisível! Bom, pelo menos foi pra mim.

As atuações são muito boas, e a Rosamund Pike, que faz a Garota Exemplar, é nada mais, nada menos, que PER-FEI-TA! Sério, ela representou muito bem o papel, mais que merecida a indicação de Melhor Atriz. Até o Ben Affleck ficou legalzinho no papel, aquela cara de bobo de "nada me surpreende". A trilha sonora é muito boa também, não falando da composição, mas ela sempre aparece na hora certa dando muita tensão.

Amorômetro: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
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